segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Pílula

Há manhas, que o melhor é não acordar;
Há dias, que o melhor é não parar de beber;
Há no sonho e na embriaguez
o vício da irrealidade.


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Ebulições poéticas de fim de Ano(a)

Equilibrando sentimentos.
meus malabares são:
o tempo, o vento, os amores
meu coração é um circo,
minha idéias são como um palhaço gordo

depois do natal ja é carnaval
e todos voltam a querer desorganizar
o tempo, o vento e os amores.
fim de Ana e de ano
é como um perfume caro 
que deixei cair no chão sem usar

idéias vagam sem porto 
é finitude que quer calar a tempetade
que é nossas cabeças
dar presentes e beber vinho.
e esperar Jesus que venha ou não.

assim morre um ano mudo
a quem presentear com a verdade?
aqueles que não querem ouvir?
ou aqueles que não querem ver?

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ESTUPIDEZ TEM LÍMITE

    Escrevendo com a razão só por diversão, deixando a palavra me levar... Quero saber, pra onde vai a humanidade? Perdida há 500 anos com essa onda de progresso. Quem olha pra frente tropeça no batente, essa que é a verdade. Tudo bem! Tudo bem! a 500 anos atras olhar para trás era olhar para Deus, e não há mais tempo para Deus.
     Existe a teoria, era paira, flutua no campo das idéias (ainda há tempo para Platão, mesmo que Nietzche diga o contrário) existe como referência a prática, cravada no mundo dos sentidos. Elas coexistem sem precisarem unirem-se são: "máteria espirtitual no mundo dos sentidos" sua existencia deriva, não da sua concretude, mas da sua concepção, em outras palavras existe por que são concebidas. Porém vivem se relacionando e como na TV tudo tem conclusão, a teoria e a prática são sempre forçadas a serem complementares ou uma absurdamente uma só. Dessa forma pensar em progresso é não se permiti voltar, regressar, é uma ditadura para nossas mentes, é justificar erros, o progresso é "Determinismo aplicado". E como nesse capitalismo que gira, gira, gira e volta dessas nomeadas crises do capitalismo, cada vez mais forte, serve a favor ( De quem? De quem? De quem?) do capital. Progresso é pra eles.
      Nessa eleição eu decorei o numero de diversos candidatos, não só o número, mas sei cantar os Jinglers de outros tantos, que ficam martelando na minha cabeça dia e noite (...deixa o homem trabalhar...). Essa memória toda não é fruto das minhas noites bem durmidas, nem da minha vida pautada na serenidade, e do meu distanciamente do Alcool e de outros nócivos da mente humana. é fruto dessa propaganda intensiva, dessa hipnopedia, dessa lavagem cerbral, que é as campanhas políticas. Se decorei é por que funciona, se funciona, vamos usar a nosso favor, faremos cartazes, inventaremos Jingler's esquisitos com musicas ridículas espalharemos bilhões e bilhões (Carl Sagan)de santinhos, todos levando esta mensagem: Estupidez, tem límite.

sábado, 6 de novembro de 2010

Morfossintaxe (se pudesse me ver nos olhos dos outros)


Estou atrasado,
Gente idiota no ponto de ônibus
Meu chefe é uma merda;
Duas meninas brancas, um ciclista bem magro;
Como estou gordo e esse cabelo hein?
O cobrador é banguelo o motorista bem velho,
Que chuva chata, meu chefe vai ficar puto;
Uma senhora bonita, um rapaz afeminado;
Será que Lucia vai hoje?
Um galego lendo livro que já li.
Minha mãe... Meu pai... Meu irmão...
Uma criança dormindo, uns óculos bonitos;
Meu time... Meus amigos... Minha roupa.
Um carro vermelho, uma senhora de vestido feio;
Meu ponto ta chegando;
Um gordinho fedendo, um magro fardado;
Será que me notam?
Um conhecido comendo pipoca;
Que cheiro ruim é esse?
Um olhar perdido, um sorriso afinado.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Fala(n)do, cala(n)do do finaliza(n)do.

Eu quero me deixar em paz
como o vento no mar;
a vagar na incerteza 
de não se conhecer nem se cobrar.

Voando, correndo, indo buscar a finitude
do mar, o lar, mar'olar, moro lá;
onde não se acaba é que se vive bem,
como é fatal viver no real.
Digo-te: não quero mais "quichotear"
policiar meu modo de pensar, 
ou me entregar a escravidão,
somente vou cantar outra canção.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Sexispiano


teu cheiro é sexo pra mim,
teus cabelos é sexo pra mim,
teu charme é sexo pra mim
quando me negas é sexo pra mim,
quando respiras é sexo pra mim,
quando bocejas é sexo pra mim.

voce é sexo pra mim,
eu sou sexo pra mim,

sexo pra mim
pra mim
mim

sábado, 2 de outubro de 2010

Money for drug's

Minha mãe grita: EMPREGO,
minha mente pede: DINHEIRO,
meu corpo exige: SOSSEGO,
meu medo aponta: SUCESSO;

Enquanto, caladinho me sento,
um violão e o cigarro esquecido no dedo,
meu amigo oferece um baseado
aceito e coço a cabeça;

de novo na minha cabeça,
sei quem fui e quem sou, 
levanto da cama com dor
e vontade de não voltar a pensar (sonhar)

mas dai, um cigarro me alegra
o cobrador do ônibus me dá bom dia, 
o motorista assovia, a mulher pede licença, 
a criança se arrepia, o picolé cai no chão, 
o por-do-sol me desperta, 
um amigo me comprimenta
e o rádio anúncia...

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Escracho Po-ético

Batendo um cabelo na vida...
reflexo do sexo,
um incesto de sentimento,
vejo Deus recolocar
as calcinhas das meninas

é noite e é tarde,
e eu esperando a madrugada
dessa vez querendo errar
como único acerto do meu dia

exagero de reflexão
exagero de tesão e confusão
só eu tenho certeza do quanto
é gostoso errar.

todos me olham sem reflexão
olha! la vai o Sergio que não gosta de carnaval
com a Luiza do peitão
vão tomar toddy com leite.

mas é so rir e pedir outro drink
fico impressionado como ainda consigo rir
simplesmente....
paro de frente do fim do mundo
sento em um banco acendo um cigarro
cruzo as pernas dou um gole e digo
sorrindo "êêêê lêlê" se acaba mundo.

poetizando o escracho...
refletindo sobre a imaturidade do espaço
ai minha metafísica!!! é duro ser plateia da vida


sexta-feira, 9 de julho de 2010

Todos de orelhinhas em pé!


Escrevendo com a razão, mas só por diversão, deixando a frase me levar.  Não quero levantar aqui grandes questões, nem cometo o erro de filosofar e colocar meus pensamentos, nas mãos da eloqüência de Sócrates e Platão. Mas sinceramente acredito que, não há mais tempo. Não há mais tempo, para achar que os vizinhos estão achando o som alto, daqui pra frente se, incomodar, eles vão ter que me falar. Parece bobo, mas estou cansado de mentir, quando na verdade minha vontade é dizer: “é to fumando mesmo por quê? Quer um “pega”? Ta precisando relaxar “viu.””  


Não há mais tempo de olhar-se, com olhos mentirosos. Sabe quando, caro leitor, você está só e não se permite ter atitudes que não são publicas? “It does not have more time”. Mas se não há mais tempo. È por que o tempo acabou? Ou porque o tempo está na “beirinha de se acabar”. Nessa hora eu penso em Monteiro Lobato, quando com aquelas grossas e grisalhas sobrancelhas, recaída sobre os olhos molhados, com a cabeça apoiada nas mãos, escuta na sua cabeça Jeca-Tatu, Visconde de Sabugosa, e tio Barnabé em unissono dizendo: “não há mais tempo e tuti-quanti”.


Escreveria um livro, na tentativa de fazer o tempo deixar de existir, mas confesso que preguiçoso o sou. É claro que sempre haverá tempo, mas ao mesmo tempo o tempo nunca há, e provavelmente nunca haverá. Na há mais tempo até pro tempo. O que temos na verdade é um novo tempo, moderno e adequado, a tanto tempo de ociosidade do pensamento, quase escuto Nietzschie dizendo baixinho no meu ouvido: “Não há mais tempo, Deus está morto”. Mas quem morreu foi Nietzschie, e há bastante tempo. Nessas horas sabe o que realmente me intriga? È: A quanto tempo existe o tempo? Só pra ver se paro, de ser tão convencido.


Não há mais tempo de se procurar palavra, quando ela precisa ser dita, ela inventa-se, ela aparece, ela estala como pipoca, ela estoura feito balão, ela cresce, ela aparece, ela surge ou ressurge, ela fala, ela encomenda sua aparição, ela acena, ela pisca ela escreve-se, ela canta e encanta, ela ...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

E tenho dito....

 



para confundir a percepção
Balada do louco (Arnaldo Batista, Rita Lee)

Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz

Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou Napoleão

Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu

Se eles têm três carros, eu posso voar
Se eles rezam muito, eu já estou no céu

Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu

Sim sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz

Mas louco é quem me diz
E não é feliz, eu sou feliz

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Parlamento dinâmico do eu


Como sinto que o tempo passou? Quando mais um tempo, ainda continua sendo, um trago de cigarro ou o acerto certeiro da bituca no cinzeiro. Falo de pensamentos políticos na tentativa de satirizar Arnaldo Jabor. Um conselho do tempo é ironizar a situação como se ele fosse o responsável pelas minhas tribulações internas. Penso o quanto sou traidor com idéias que me querem bem, traidor não um hipócrita um “duas caras”, mas quantas “caras”eu tenho? Se quando eu, próprio dono das minhas idéias quando retorno o olhar, não me reconheço. Meus conflitos são parte de mim me entendo assim. Como o ônibus que demora chegar. E mais admito que sobre mim pesa a responsabilidade de ser eu, que ja é um fardo e tanto. Deixa o tempo pra ver se ele me deixa em paz, mas o tempo não me deve troco nem cumprimentos é mal-educado e importuno daqueles que arrepiam ao fechar a janela. Senhoras e senhores presentes, este congresso, que aqui se faz nessa casa, entra em recesso.    

domingo, 25 de abril de 2010

Pergunte ao seu umbigo


A natureza é dona das minhas vontades e verdades, é intrínseco a minha concepção de ser, obter o respeito, o conforto e o entendimento das ações naturais que me regem e regem a humanidade. Falo de sociedade. Deveria ser tão natural relacionar-se, mas acredito que não é, instituições como a amizades são moldadas por regras, estas são capazes de fazer ser consistente o fruto dessa relação. Seria ingênuo de minha parte acreditar que todas as amizades têm propósitos, algumas são apenas convenientes e forçadas. Às vezes quero dizer basta a toda essa labuta que é ser amigo, mas percebo que de outra maneira adquirida pelas inúmeras maneiras que a percepção pode tomar, como amigo de alguém. Mas alem da amizade tem o grupo, também regido pro diversas regras é outra instituição que bate de frente com a própria amizade, até parece que se naturalmente surge a amizade, o grupo é um esforço comum para produzi-lo e manter-lo. Agrupamento de amigos bate de frente com o ser amigo. Sinto-me deslocado do meu grupo, mas não dos meus amigos será isso possível? De varias explicações a que me parece, mas correta em se afirmar seria a necessidade de nos relacionarmos pelo lado negro da força. Pudera ser humano tentando ser humano.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Não estou afim de escrever!!!!!!!!

Vem com esse papinho pra cima de mim???


Furei o azul com a ponto de meu lapiz
e pensei é o fim, vai cair do céu um
balde de azul em mim.

Escrevi um conto em prosa sobre um jardim
e pensei é o fim, so existe libido,  
cheiro e beleza em mim.

Toquei um samba de caixinha num bar
e pensei é o fim, a boemia e a poesia 
ainda mora em mim.

Pintei no espelho um quadro meu
e pensei é o fim, o exagero é um
princípio em mim.





domingo, 4 de abril de 2010

De onde parte o trem?

Confesso que não sonhei em estar aqui, mas estou feliz por aqui está. Sanidade é sempre existir ou só existir? Respondo sou natural, normal e mortal. Moro aonde é feio ser feliz, minhas ideias sempre são maior de que a mim. Vou dá oportunidade ao corpo a responder por mim, isso é sim ser feliz "que beleza" (Tim Maia). Parece que as estradas ja são pequenas pra mim, mas tudo bem eu ja ganhei o ar, as cachoeiras e os rios, só me falta os mares e as cordilheiras, de onde parte o trem? Estou disposto a ir conhecer, habitar, mudar pra continuar sendo assim feliz, ja estou mais que disposto. Sendo assim falarei de flores aos jardins, e de estrelas pro luar. Falarei do que conheci, do que vi, do que senti. Pularei enfim assim em mim. No mais reconheço caro leitor, ser feliz não é o fim.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Entre vírgulas,

      Quando não escrevo, penso que não mastigo meus sentimentos, engano-me o que não falta é pedaços de sentimento travando para não ser engolido. Falo de dias em que o tempo apresenta-se opressor, e não o tempo de cronologia, mas do tempo estático num sentindo metereológico, pregado no presente, mas meus sentimentos mudam do Reggae ao Samba, como uma criança que abandona um brinquedo por desinteresse. Baforadas em um cigarro me faz pensar se escrevo por arte ou por conveniência? Se escrevo pra você caro leitor, ou pra mim ? Se não escrevo, minha vida não vira um museu na verdade vira um show do Iron Maiden. Pensamentos e sentimentos ficam um dia inteiro na fila só pra virem me pertubar ( é melhor rir deles). Rock in place me dá vontade de tomar um café, a seriedade me vêm como um desejo e não uma possibilidade, não gosto de escrever devagar penso que ainda não estou pronto como se não fosse esse o sentimento estopim de ir pra ponta da caneta, bereta, etiqueta, violeta (é melhor rir deles) na verdade quando escrevo queria que tudo acabasse assim como um ponto final.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

No divã


Sabe quanto nossos próprios pensamentos nos analisa? Pois é senti isso hoje. Eu tinha 8 anos voltava da escola acompanhado da minha mãe, no meio do caminho um amigo meu tentou me falar algo, mas foi impedido pela minha mãe, morava em uma casa bem mais humilde, ela era de madeira, tinha apenas 2 cômodos separados por uma cortina, um banheiro e de chão batido. passei pelo sala que também era a cozinha e minha mãe prendia um riso, desconfiava de que algo estava acontecendo ergui a cortina para ir para o quarto que eu dormia em companhia do meu pai e da minha mãe e meu pai estava deitado e ao lado dele a minha primeira bicicleta novinha reluzindo como espelho como se brilhava. Hoje Senti a mesma sensação a mesma lembrança entrei no meu quarto até um pouco atônito mas lá não tinha nada. As vezes acho que minha mente ri de mim.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

uma manha que parece outono e uma solidão a dois



Andei 10Km na solidão, na tolice de amar, na contradição de amar pra ser feliz. outra vez me sinto inseguro com meus sentimentos, mais uma vez no sofrimento de ser poeta e amar o fluxo vivo da existência, esforçaria-me pra elucidar as possibilides e "as possibilidades de felicidades são egoísta meu amor" (cazuza) me sinto sozinho por amar o que não pode me abraçar o que não deita ao meu lado não agora, não hoje, mas o que importa o amanha feliz se o hoje não o foi? Meu tempo é o presente, meu lugar é a presença, mas acordei hoje abraçado com o futuro e com a ausência vou sair beber com meus amigos tirar de mim tanta negligência ausência e futuro, seja forte e sapiente nas suas escolhas mesmo que as mesmas te leva pra tão longe de mim, não compreendo como a distância poderia criar sentimentos benignos, sinto o peso da distância me trazendo dor, sinceramente.... Vacilou. pois é outra vez amor poeta.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

E tenho dito....



MÃE   (Ponto de equilíbrio)

A minha mãe
A minha mãe
Disse pra que eu não tivesse medo
Que tendo medo
Eu iria ver lado negro
O lado negro, do gueto
Jah com canteiro de flores
Sempre tentando aliviar, nossas dores
Olho a nuvem Nerispanja
As lágrimas da Babilônia
E nos deixa fome e a insônia
Veja o rio negro de esgoto
Que passa ali
Eu disse ao Senhor
Dessa água eu não bebo mais
(não beberei)
Pois dela eu já bebi
Quero andar na rua mais tranqüila da Etiópia
E deixar inveja, hipócrita!
Jah Rastafará
Por nós eu sei que fará
(Jah Rastafará fará por nós) (3x)
Que o dinheiro é o seu apelo
E a escuridão seu selo
Não estarei sozinho (estarei com Jah)
(Meus amigos, minha erva, meu vinho)
Sei que minha mãe estava certa
Ter medo não é bom
Mas a força de cantar é um dom
É a arma de itapi que nos liberta