Escrevendo com a razão só por diversão deixando a frase me levar... Um dia desses, sol na cara, cabelo desarrumado, fui na casa de um amigo meu procurando diversão. Joquei xadrez, tomei vodca e tomei Haloperidol um farmaco utilizado com neuroepilético, isso mudou minha vida. Acho que estou precisando disso novamente. Onde estou? num crivo temporal de minha vida, que é so investimento. Esse ano muitas pessoas morreram ao meu redor, é inevitavel que eu elabore fluxos eletricos em meu cérebro, transformando o subjetivo em mim, em ideias que me atormentam, A morte. Não quero escrever uma poesia sobre a morte, isso seria como perder um jogo para esse caminho. Sou um Suicida em potencial diferente dos suicidas não dou cabo dessa subjeção, mas a navalha é sempre um convite*. Sinceramente, sem derramar melancolia, queria dar cabo da minha vida. Não pense caro leitor, que estou numa crise existêncial adolescente, o que penso é fruto de um momento morno da minha vida. Vida e Morte.Morte e vida. agora deitado olhando o teto vejo, que o que meu sopro de vida não ecoa no cosmo. Sou pequeno infinitamente pequeno diante da imensidão cosmica. Meu penis é um extensão desse cosmo, faço parte, mas sou parte Finita de tudo. 23 Anos. Quando me esvazio desse jeito percebo, que tudo que eu faço na vida é desproposital a minha vontade de me incluir nesse cosmo. Fernando pessoa, disse: " bateu em um muro sem portas, e cantou a canção do infinito numa capoeira e ouviu a voz de Deus num poço tapado..." ele ja se bailou com isso. Entendo perfeitamente essa devoção dos religiosos por Deus e pelo desejo egoista de ser salvo, é realmente desesperador acreditar que a morte é o fim. Mas infelizmente não creio Deus, nem em mim, nem em nada. o Alem de mim é o outro e o outro é intocavel. Trabalhar, andar de ônibus, usar a internet, tudo pra ganhar dinheiro e continuar vivendo, é evidente que travo uma batalha perdida declaradamente perdida contra a morte. Não escolhi ser Humano, se me fosse perguntado talvez seria um Grão de areia de uma rocha maior que a força do mar quebrou, mas nasci assim, meu propósito é morrer, é pra isso que nasci, pra morrer. Ainda acho um tormento viver na expectativa de não saber quando, nem como, nem porquê. Não sei viver um dia de cada vez, e sinceramente acho isso uma tolice. O dia é uma convenção humana. Oh morte, venha de uma vez...
*O Lobo da Estepe Herman Hesse