segunda-feira, 25 de julho de 2011

Venha de uma vez...

Escrevendo com a razão só por diversão deixando a frase me levar... Um dia desses, sol na cara, cabelo desarrumado, fui na casa de um amigo meu procurando diversão. Joquei xadrez, tomei vodca e tomei Haloperidol um farmaco utilizado com neuroepilético, isso mudou minha vida. Acho que estou precisando disso novamente. Onde estou? num crivo temporal de minha vida, que é so investimento. Esse ano muitas pessoas morreram ao meu redor, é inevitavel que eu elabore fluxos eletricos em meu cérebro, transformando o subjetivo em mim, em ideias que me atormentam, A morte. Não quero escrever uma poesia sobre a morte, isso seria como perder um jogo para esse caminho. Sou um Suicida em potencial diferente dos suicidas não dou cabo dessa subjeção, mas a navalha é sempre um convite*. Sinceramente, sem derramar melancolia, queria dar cabo da minha vida. Não pense caro leitor, que estou numa crise existêncial adolescente, o que penso é fruto de um momento morno da minha vida. Vida e Morte.Morte e vida. agora deitado olhando o teto vejo, que o que meu sopro de vida não ecoa no cosmo. Sou pequeno infinitamente pequeno diante da imensidão cosmica. Meu penis é um extensão desse cosmo, faço parte, mas sou parte Finita de tudo. 23 Anos. Quando me esvazio desse jeito percebo, que tudo que eu faço na vida é desproposital a minha vontade de me incluir nesse cosmo. Fernando pessoa, disse: " bateu em um muro sem portas, e cantou a canção do infinito numa capoeira e ouviu a voz de Deus num poço tapado..." ele ja se bailou com isso. Entendo perfeitamente essa devoção dos religiosos por Deus e pelo desejo egoista de ser salvo, é realmente desesperador acreditar que a morte é o fim. Mas infelizmente não creio Deus, nem em mim, nem em nada. o Alem de mim é o outro e o outro é intocavel. Trabalhar, andar de ônibus, usar a internet, tudo pra ganhar dinheiro e continuar vivendo, é evidente que travo uma batalha perdida declaradamente perdida contra a morte. Não escolhi ser Humano, se me fosse perguntado talvez seria um Grão de areia de uma rocha maior que a força do mar quebrou, mas nasci assim, meu propósito é morrer, é pra isso que nasci, pra morrer. Ainda acho um tormento viver na expectativa de não saber quando, nem como, nem porquê. Não sei viver um dia de cada vez, e sinceramente acho isso uma tolice. O dia é uma convenção humana. Oh morte, venha de uma vez...


*O Lobo da Estepe Herman Hesse

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ferias de mim



Tirei ferias
de mim;
do medo da morte;
das Subjeções sexuais;
da metafísica.
Sou Atenas
edonista,
Alimentando sentimento de ferias
que são efêmeros como
fogo em palha
aproveito enfim,
um pouco,
além de mim
vejo beleza no
outro
no real
no mundo
no ao redor.
Tirei ferias
da minha cabeça
e da poesia
sou um,
além do milhões de mim que me habita
venci meu Lobo da Estepe*

*Hermam Hesse