sexta-feira, 9 de julho de 2010

Todos de orelhinhas em pé!


Escrevendo com a razão, mas só por diversão, deixando a frase me levar.  Não quero levantar aqui grandes questões, nem cometo o erro de filosofar e colocar meus pensamentos, nas mãos da eloqüência de Sócrates e Platão. Mas sinceramente acredito que, não há mais tempo. Não há mais tempo, para achar que os vizinhos estão achando o som alto, daqui pra frente se, incomodar, eles vão ter que me falar. Parece bobo, mas estou cansado de mentir, quando na verdade minha vontade é dizer: “é to fumando mesmo por quê? Quer um “pega”? Ta precisando relaxar “viu.””  


Não há mais tempo de olhar-se, com olhos mentirosos. Sabe quando, caro leitor, você está só e não se permite ter atitudes que não são publicas? “It does not have more time”. Mas se não há mais tempo. È por que o tempo acabou? Ou porque o tempo está na “beirinha de se acabar”. Nessa hora eu penso em Monteiro Lobato, quando com aquelas grossas e grisalhas sobrancelhas, recaída sobre os olhos molhados, com a cabeça apoiada nas mãos, escuta na sua cabeça Jeca-Tatu, Visconde de Sabugosa, e tio Barnabé em unissono dizendo: “não há mais tempo e tuti-quanti”.


Escreveria um livro, na tentativa de fazer o tempo deixar de existir, mas confesso que preguiçoso o sou. É claro que sempre haverá tempo, mas ao mesmo tempo o tempo nunca há, e provavelmente nunca haverá. Na há mais tempo até pro tempo. O que temos na verdade é um novo tempo, moderno e adequado, a tanto tempo de ociosidade do pensamento, quase escuto Nietzschie dizendo baixinho no meu ouvido: “Não há mais tempo, Deus está morto”. Mas quem morreu foi Nietzschie, e há bastante tempo. Nessas horas sabe o que realmente me intriga? È: A quanto tempo existe o tempo? Só pra ver se paro, de ser tão convencido.


Não há mais tempo de se procurar palavra, quando ela precisa ser dita, ela inventa-se, ela aparece, ela estala como pipoca, ela estoura feito balão, ela cresce, ela aparece, ela surge ou ressurge, ela fala, ela encomenda sua aparição, ela acena, ela pisca ela escreve-se, ela canta e encanta, ela ...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

E tenho dito....

 



para confundir a percepção
Balada do louco (Arnaldo Batista, Rita Lee)

Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz

Se eles são bonitos, sou Alain Delon
Se eles são famosos, sou Napoleão

Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu

Se eles têm três carros, eu posso voar
Se eles rezam muito, eu já estou no céu

Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz
Eu juro que é melhor
Não ser o normal
Se eu posso pensar que Deus sou eu

Sim sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz

Mas louco é quem me diz
E não é feliz, eu sou feliz