quinta-feira, 16 de junho de 2011

E tenho dito...

 para confudir a percepção
 Ando meio desigado, Rita Lee

Ando
Meio desligado
Eu nem sinto
Meus pés no chão
Olho
E não vejo nada
Eu só penso
Se você me quer
Eu nem vejo a hora
De te dizer
Aquilo tudo
Que eu decorei
E depois do beijo
Que eu já sonhei
Você vai sentir mas
Por favor
Não leve à mal
Eu só quero que você me queira
Não leve à mal

domingo, 5 de junho de 2011

Prefiro Pessoas ainda.

Prefiro pessoas
imprevisíveis;
No instinto,
no que é Animal
racional;
Daquela que a qualquer passo,
tropeça e me faz rir;
Magoa-me e não diz:
Eu te amo,
sem a carga emotiva,
que insinceridade produz;
Eu te amo
vida minha;
Eu te amo.
como a vida pelo posto do ser, é minha,
Sincero,

um eu te amo metafísico,
longe das leis, da moral, do científico, do social, do político, do cultural...
Um eu te amo que faça juz
ao de que você diz para o sol
numa manha que começõu chovendo.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Deitado vendo as estrelas

Nunca vai ser tarde pra recomeçar,
pra deixar os outros
eu's sair;
e me ver desabrochando
em mim o eu;
existencialismo
é isso!
que penso eu
do meu existir?
se sou preconceituoso
com tantos eu's que existe em mim.
existencialismo,
disso que me ocupo,
ficar deitado sobre o braço
até ele adormecer,
e desejar a morte pra renascer;
nascer, viver, trepar, morrer;
renascer, reviver, retrepar, remorrer;
e a porta com um desejo ardente
pra ser aberta,
a fechadura, a tramela, o ferroho;
tudo isso pra sair de mim;
pra ser (o) outro
deitado vendo as estrelas
enquanto vou pro trabalho;
eu, eu, eu, eu
mim, mim, mim, mim
é do que me ocupo
renascer em mim.